Com 24 semanas e 5 dias (aproximadamente), nasceu a Isabella… com 445g e 28 cm, ela não entrava nem nas estatísticas (pois eles consideram nascidos vivos com pelo menos 500g). Os médicos passam todas as informações que podiam, mas tem muita coisa que depende da reação do prematuro, principalmente nas primeiras 24h/48h de vida. Nesse momento, a resposta de que ela estava “estável” era a melhor que a gente tinha. E a esperança vinha de Deus e do nosso amor por ela.
Nossa pequena passou 5 meses e meio na UTI neonatal… 167 dias pra ser mais exata! Nesse período, vivemos o que nós, pais de prematuros, chamamos de montanha russa, pois em alguns dias sentimos como se estivéssemos subindo a montanha russa da vida, com alegria e esperança, boas notícias e evoluções no desenvolvimento e crescimento… cada graminha a mais é muito comemorada, cada redução na dependência de oxigênio, cada resultado bom de exames… Mas também passamos dias em que despencamos na montanha russa, com notícias ruins e medos de perder nossa filha… peso perdido, aumento na necessidade de oxigênio, resultados ruins nos exames. Realmente é uma montanha russa de emoções.
A cada dia, entrar no corredor branco e frio que dava acesso à UTI era sinônimo de frio na barriga, medo, angústia, misturada com uma esperança de receber boas notícias. E na hora de ir embora, dependendo de como ela estava, era um desespero ter que ir e deixá-la lá… sem saber como seria a noite, sem saber como ela estaria no dia seguinte, quando eu voltasse. Tem um texto sobre mãe de prematuro que explica muito bem esse sentimento: Carta de uma mãe de prematuro
A nossa pequena Bella nasceu muito prematura, mas além disso, ela estava com restrição de crescimento intra uterino, e nasceu com peso menor do que o esperado pra idade gestacional. Graças a Deus ela não perdeu muito peso, mas chegou a pesar 415g.